Podem avisar, pode avisar!
Podem avisar que 2018 foi como navegar num mar bem turbulento, somente às vezes rolava uma calmaria!
Porém, ao escrever esse diário me sinto como atracando a nau num cais seguro e com a sensação de ter feito a navegação mais doida, por vezes calma, muitas vezes insana, e claro, sempre turbulenta, da minha vida.
Mas apesar dos pesares, saio fortalecido dessa navegação. Foi difícil pois no meio do caminho perdi minha joia mais rara e preciosa: minha mãe. Um vazio enorme e uma vontade danada de me atirar ao mar e me afogar nas águas revoltas.
Invente uma doença que me deixe em casa pra sonhar...
Mas conhecendo a minha mãe, guerreira como sempre foi, ela jamais me deixaria fazer isso. Então decidi continuar a navegar, quem sabe não haveria de encontrar alento mais à frente numa próxima ancorada.
Hoje eu sou um homem mais sincero e mais justo comigo!
Como não gosto de viajar sozinho, fui sempre acompanhado pelo meu inseparável co-capitão Edner, que me ajudou e muito num dos momentos mais difíceis da minha vida e que embarcou comigo de cabeça nessa viagem.
À tripulação ele passava seus conhecimentos de voz, corpo e atuação, sem deixar que desviássemos de nossa rota e sempre segurando minha mão. Ganhei um irmão pra vida toda!
Os cães farejam o medo, logo, não vão me encontrar...
A viagem, senhores passageiros e tripulantes, não foi fácil. Porém foi prazerosa para todos. Saímos com a sensação de termos sido modificados de alguma forma. Não somos mais os mesmos e nem queremos mais ser deste mar. Queremos desbravar o mundo através da arte e do que ela é capaz de provocar em cada um de nós.
Me deixa, que hoje eu tô de bobeira!
No porto! Esperando a próxima partida!!!
Por Marcelo Leite
As Chicas - Me deixa.
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