A manhã deste sábado, 29/09, foi de procura.
Nos unimos em volta de uma poesia e procuramos coisas outras entre nossas coisas. Coisas essas que estavam guardadas dentro de cada um e que precisávamos resgatá-las naquele momento. Todos se empenharam nessa busca e o resultado foi lindo. Ao final da manhã, a primeira cena do NOSSO espetáculo estava montada!
Trata-se do poema OVNI de Ferreira Gullar, onde cada um tinha sua leitura e interpretação. Aquela poesia estranhamente bonita fez a gente pensar junto com a direção como mostra-la para o público.
Cada um com suas coisas, mas com o mesmo objetivo de contar algo. Fizemos rodas de conversas, expomos nossas fragilidades e reflexões sobre o tema e depois várias e várias vezes passamos NOSSA cena com NOSSAS coisas.
Provamos um pouquinho do cansaço de uma sala de ensaio que as vezes pode ser doce, mas, também, pode ser amarga. É um processo de criação em conjunto. Isso dá trabalho. Mas, é o trabalho do artista e a gente ama essa trabalheira toda, pois o resultado final é muito gratificante.
Enfim, saímos contentes de um ensaio que deu certo. Com expectativas e ansiedades para o próximo e muita vontade de fazer mais e já com um friozinho na barriga da responsabilidade de fazer teatro. Agora é se jogar e criarmos juntos esse espetáculo com nossas coisas que no final se misturarão com as coisas do público. Isso é troca. Isso é teatro.
Merda para nós!
Cena: Ovni, de Ferreira Gullar
Por: Tairine
Depoimento do Dia: Thays Fraga
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